O Livro da Cidade das Senhoras

O Livro da Cidade das Senhoras ou Le Livre de la Cité des Dames (publicado em 1405), é talvez a obra literária mais famosa de Christine de Pizan. Pizan escreveu originalmente Le Livre de la Cité des Dames em francês médio, mas posteriormente foi traduzido para o inglês (1999). O livro serve como sua resposta formal ao popular romano de la Rose, de Jean de Meun. Pizan combate as declarações de Meun sobre as mulheres, criando uma cidade alegórica de senhoras. Ela defende as mulheres ao colecionar uma ampla gama de mulheres famosas ao longo da história. Essas mulheres estão "alojadas" na Cidade das Mulheres, que é uma cidade imaginária do livro. Enquanto Pizan constrói sua cidade, ela usa cada mulher famosa como um bloco de construção para as muralhas e casas da cidade. Cada mulher acrescentada à cidade acrescenta ao argumento de Pizan em relação às mulheres como participantes valorizadas na sociedade. Ela também defende em favor da educação da mulher.

Sumário

Parte I

Parte I abre com a leitura de Christine Lamentations de Matheolus, uma obra do século XIII que aborda o casamento onde a autora escreve que as mulheres tornam a vida dos homens miserável. Ao ler estas palavras, Christine fica chateada e sente vergonha de ser mulher. As três virtudes aparecem então para Christine, e lhe dizem que ela foi escolhida por Deus para criar uma cidade para a mulher.

Parte II

Na Parte II, a Senhora Rectidão diz que ajudará Christine "a construir as casas e edifícios dentro das muralhas da Cidade das Senhoras" e a encher com habitantes que são "senhoras corajosas e de grande renome". Enquanto elas constroem, a Senhora Rectidão conta histórias de Christine sobre mulheres poderosas que serão alojadas dentro da cidade. A Senhora Rectidão também refuta alegações de que as mulheres são incastres, inconstantes, infiéis e más por natureza através de suas histórias. Esta parte termina com Christine se dirigindo às mulheres e pedindo-lhes que rezem por ela enquanto ela continua seu trabalho com a Senhora Justiça para completar a cidade.

Parte III

Na Parte III, a Senhora Justiça se une a Christine para "dar os toques finais" à cidade, inclusive trazendo uma rainha para governar a cidade. A Senhora Justiça fala a Christine das santas que foram elogiadas por seu martírio. No encerramento desta parte, Christine faz outro discurso a todas as mulheres anunciando a conclusão da Cidade das Senhoras. Ela lhes implora que defendam e protejam a cidade e sigam sua rainha (a Virgem Maria). Ela também adverte as mulheres contra as mentiras dos caluniadores, dizendo: "Afastem esses mentirosos traiçoeiros que não usam nada além de truques e palavras melosas para roubar de vocês aquilo que vocês devem manter a salvo acima de tudo: sua castidade e seu glorioso bom nome".

Algumas mulheres que foram mencionadas incluem: Medusa, Helena de Tróia, Polixena, Florença de Roma, Isabeau da Baviera, Joana de Armagnac, Margaret da Baviera, Isis, Marie, Duquesa de Auvergne, Margaret da Borgonha, Duquesa da Baviera, Marie de Savoy, Condessa de Saint-Pol, Anne de Bourbon e A Virgem Maria.


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