Homosocialidade

Homosocialidade é um termo usado em sociologia, que descreve uma relação entre pessoas do mesmo sexo que não é de natureza romântica ou sexual. Essas relações podem ser chamadas de amizades, mentorias, ou outras. Heterossexualidade é o oposto. Significa que se prefere socializar com membros do sexo oposto sem trazer romance ou sexo para a relação. Eve Sedgwick tornou o termo popular em sua discussão sobre o desejo homossocial masculino, mas Jean Lipman-Blumen havia definido a homossocialidade em 1976 como uma preferência por membros do próprio sexo.

Por exemplo, uma relação próxima entre dois homens (como George e Lennie em Of Mice and Men (e na verdade a maioria dos personagens desse livro) seria uma relação homossexual. Pode se aplicar a escolas de sexo solteiro, prisões, mosteiros, mas também a simples amizades.

A relação pode ser sexual, mas uma relação homossexual pode ocorrer entre homossexuais, heterossexuais ou ambos.

É freqüentemente usado para descrever o mundo masculino dos cavaleiros medievais, ou marinheiros. Embora possa se aplicar tanto a homens quanto a mulheres, é mais comumente usado para se referir aos homens.

Evidência

Rose pesquisou machos e fêmeas entre 20 e 28 anos de idade. Rose perguntou a homens e mulheres como eles se sentiam sobre o mesmo e sobre as amizades sexuais cruzadas. Tanto homens quanto mulheres preferiam amizades entre pessoas do mesmo sexo. Tanto homens quanto mulheres disseram que os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo eram menos úteis e menos leais do que as amizades entre pessoas do mesmo sexo. A formação de amizades foi considerada diferente entre os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo e entre pessoas do mesmo sexo também.

Dependendo da cultura, e das estruturas familiares e sociais, as preferências do mesmo sexo se desenvolveram entre 3 e 9 anos de idade (LaFreniere, Strayer,& Gauthier, 1984; Jacklin& Maccoby, 1978; Harkness & Super, 1985) LaFreniere, Strayer, e Gauthier (1984) realizaram um estudo de três anos observando quinze grupos de pares entre 1 e 6 anos de idade, com 98 meninos e 93 meninas. Ao pesquisarem a segregação sexual na infância, os pesquisadores descobriram que a segregação aumentava com a idade e que a maioria das crianças ocidentais exilavam essas preferências por volta dos 3-4 anos de idade. Entretanto, em um estudo de Harkenss e Super, as crianças quenianas não têm preferência por sexo em companheiros de brincadeiras até os 6 a 9 anos de idade. Os pesquisadores observaram 152 crianças quenianas em ambientes rurais e descobriram que esta mudança não ocorreu até que as expectativas dos pais e os deveres consuetudinários aumentaram. "Just when and how such gender segration appears, is the joint product of the individual and the culturally built niche" (Harkness & Super, 1985).

O preconceito social em relação aos membros do próprio sexo pode se desenvolver cedo nas crianças. Especificamente, estudos descobriram que, na idade precoce de 3 ou 4 anos, as crianças preferem membros de seu próprio sexo aos membros do sexo oposto (Bussey & Bandura, 1992). Ou seja, as meninas favorecem outras mulheres (meninas e mulheres) em detrimento dos homens (meninos e homens). As conclusões são idênticas para os meninos jovens. Além disso, Carol Martin (1989) descobriu que meninos de 4,5 anos de idade expressam mais antipatia por uma garota retratada como um "menino" do que por um menino retratado como um "maricas"; enquanto meninos de 8,5 anos de idade expressam mais antipatia por um menino retratado como um "maricas". Esta diferença de idade sugere que crianças tão jovens quanto 4 anos preferem seu próprio sexo, independentemente de um comportamento incompatível com o gênero. No entanto, por volta dos 8 anos de idade, os meninos começam a mostrar um comportamento feminino desvalorizador do sexo masculino. Também foi demonstrado que crianças de 10 a 12 anos preferem a socialização entre pessoas do mesmo sexo. Ou seja, as meninas preferiam meninas que se socializavam com outras meninas e os meninos gostavam de meninos que se socializavam com outros meninos.

Orientação sexual

A homossexualidade, por definição, não implica nem heterossexualidade nem homossexualidade. Por exemplo, um homem heterossexual que prefere socializar com homens pode ser considerado um heterossexual homossexual. O termo é freqüentemente usado pelas feministas para enfatizar aspectos de solidariedade entre os homens. As feministas também identificam uma estreita ligação entre homossocialidade feminina, feminismo e desejo lésbico, com Audre Lorde afirmando "a verdadeira feminista lida fora de uma consciência lésbica se ela dorme ou não com mulheres".

Perguntas e Respostas

P: O que é homossocialidade?


R: Homosocialidade é um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo que não é de natureza romântica ou sexual e pode ser descrito como amizades ou mentorias.

P: O que é heterossocialidade?


R: Heterosocialidade é o oposto de homosocialidade, o que significa que a pessoa prefere se socializar com membros do sexo oposto sem trazer romance ou sexo para o relacionamento.

P: Quem popularizou o termo homossocialidade?


R: Eve Sedgwick popularizou o termo em sua discussão sobre o desejo homossocial masculino.

P: Quando a homossocialidade foi definida por Jean Lipman-Blumen?


R: Jean Lipman-Blumen definiu homossocialidade em 1976 como uma preferência por membros do próprio sexo.

P: O que é um exemplo de relacionamento homossocial?


R: Um relacionamento íntimo entre dois homens, como George e Lennie em Of Mice and Men, em que a maioria dos personagens desse livro seria um relacionamento homossocial.

P: Um relacionamento homossocial pode ser sexual?


R: Sim, um relacionamento homossocial pode ser sexual, mas um relacionamento homossocial pode ocorrer entre homossexuais, heterossexuais ou ambos.

P: A homossocialidade se aplica somente aos homens ou também pode se aplicar às mulheres?


R: Embora possa se aplicar tanto a homens quanto a mulheres, é mais comumente usada para se referir a homens.

AlegsaOnline.com - 2020 / 2023 - License CC3