Bel e o Dragão

A narrativa de Bel e o Dragão é do capítulo 14 do Livro de Daniel. Este capítulo, junto com o capítulo 13, é referido como deuterocanônico, pois não é universalmente aceito entre os cristãos como pertencente à Bíblia. A história normalmente não é incluída nas Bíblias Protestantes.

Acredita-se que alguns estudiosos tenham sido escritos no final do século II a.C. e contabilizados como apócrifos pelos protestantes. O capítulo é formado por três narrativas independentes, que colocam o herói da cultura Daniel na corte de Ciro, rei dos persas: "Quando o rei Astyages foi colocado para descansar com seus antepassados, Ciro, o persa, sucedeu ao seu reino". Lá Daniel "foi um companheiro do rei, e foi o mais honrado de todos os seus Amigos" (14:1).

A narrativa de Bel (14:1-22) é um conto popular que ridiculariza a adoração. Nela, o rei pergunta a Daniel: "Você não acha que Bel é um deus vivo? Você não vê quanto ele come e bebe todos os dias"? Daniel prova através de um ardil que a refeição sagrada de Bel é realmente consumida à noite pelos setenta sacerdotes e suas esposas e filhos, que entraram por uma porta secreta quando as portas do templo foram seladas. Os sacerdotes e suas esposas e filhos são mortos, e Daniel tem permissão para destruir o ídolo de Bel e o templo. Esta versão foi citada como um ancestral do "mistério do quarto trancado".

Na breve narrativa companheira do Dragão (14:23-30), "havia um grande dragão, que os babilônios veneravam". Neste caso, o suposto deus não é um ídolo, mas nem tudo o que come é divino: Daniel matou o dragão fazendo bolos de breu, gordura e cabelo. O dragão os comeu e abriu fogo. Agora os babilônios estavam indignados. "O rei tornou-se judeu; destruiu Bel, matou o dragão e massacrou os sacerdotes", disseram eles, e exigiram que Daniel fosse entregue a eles.

A terceira narrativa (14:31-42), Daniel na Cova dos Leões, é aparentemente a 1ª ou 2ª viagem de Daniel. Ela foi feita em conseqüência do episódio anterior, mas a Septuaginta o precede com a notícia: "Da profecia de Habacuque, filho de Jesus, da tribo de Levi". Daniel permaneceu ileso na toca com sete leões, alimentado pelo milagroso transporte do profeta Habacuque. "No sétimo dia o rei veio a lamentar por Daniel. Quando ele chegou à toca, olhou para dentro e ali sentou Daniel! O rei gritou em voz alta: "Tu és grande, ó Senhor, o Deus de Daniel, e não há outro além de ti"! Então ele puxou Daniel para fora, e jogou na cova aqueles que haviam tentado sua destruição, e foram instantaneamente comidos diante de seus olhos". Alguns sugeriram que o Daniel em Bel e o Dragão é diferente daquele de Daniel 1-13.

Perguntas e Respostas

P: Qual é a narrativa de Bel e do Dragão?


R: A narrativa de Bel e do Dragão é do capítulo 14 do Livro de Daniel. Normalmente não está incluída nas Bíblias Protestantes, como alguns estudiosos acreditam ter sido escrita no final do século II a.C. e contabilizada como apócrifa pelos protestantes. Ele conta um conto popular que ridiculariza o culto, onde Daniel prova através de um ardil que uma refeição sagrada de Bel é realmente consumida à noite pelos sacerdotes e suas famílias. Ele então destrói o ídolo de Bel e seu templo, seguido por matar um dragão com bolos feitos de breu, gordura e cabelo.

P: Essa versão está relacionada com alguma outra história ou gênero?


R: Sim, esta versão foi citada como um antepassado do "mistério do quarto trancado".

P: O que acontece depois que Daniel mata o dragão?


R: Depois que Daniel mata o dragão com bolos feitos de breu, gordura e cabelo, ele fica indignado entre os babilônios que exigem que ele seja entregue a eles.

P: Como o rei Ciro responde quando descobre o que aconteceu?


R: Quando o rei Ciro vem chorar por Daniel em sua cova cheia de sete leões, ele grita com voz alta dizendo "Vós sois o grande Senhor", antes de tirá-lo de dentro dele.

P: Quem joga os que tentam destruir Daniel na cova cheia de leões?


R: O rei Ciro joga os que tentam destruir Daniel na cova cheia de leões, depois de tirá-los de dentro dela.

P: O que Habakkuk tem a ver com essa história?


R: A Septuaginta precede esta história com a notícia "Da profecia Habacuque filho Jesus tribo Levi", indicando que Habacuque foi responsável pelo transporte milagroso de comida para Daniel enquanto ele estava dentro de sua cova cheia de sete leões.

P: Há alguma evidência sugerindo que esta versão pode apresentar outro personagem além daquele apresentado nos capítulos 1-13?


R: Alguns têm sugerido que pode haver provas que sugerem que esta versão pode ter outro caráter além daquele que consta dos capítulos 1-13.

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