Placebo

Um placebo é um tratamento para uma doença ou condição que é deliberadamente ineficaz. O motivo geralmente é que se uma pessoa acredita que um medicamento, dieta ou outro tratamento é bom para si mesma, então é bom para a pessoa.

Às vezes, as pessoas doentes que recebem um placebo sentem que estão melhorando, e às vezes seus corpos realmente melhoram. Quando os pacientes têm essa resposta, ela é chamada de "efeito placebo". O termo "efeito placebo" (ou resposta placebo) foi introduzido em 1920. É a resposta do sujeito que causa o efeito observado, não a substância.

Origens

John Haygarth testou um efeito placebo no século XVIII. Ele mostrou "até um grau que nunca foi suspeitado, que poderosa influência sobre as doenças é produzida pela mera imaginação".

Émile Coué, um boticário francês, trabalhando entre 1882 e 1910, descobriu o que mais tarde ficou conhecido como o "efeito Placebo". Ele tranquilizou seus clientes elogiando a eficiência de cada remédio e deixando um pequeno aviso positivo com cada medicamento. Em 1901, Coué começou a estudar sob hipnose. Em 1913, Coué e sua esposa fundaram a La Société Lorraine de Psychologie appliquée. Seu livro "Self-mastery through conscious autosuggestion" foi publicado na Inglaterra (1920) e nos Estados Unidos (1922).

Placebos e julgamento cego

Os placebos são usados como parte de testes cegos. Os ensaios cegos funcionam desta forma: Algumas pessoas recebem o medicamento ou tratamento que está sendo testado, e outras recebem o placebo. Ninguém sabe quem recebe o verdadeiro tratamento e quem recebe o placebo. Eles são "cegos" para seu tratamento.

Se os pesquisadores perceberem que o "grupo de tratamento" é diferente do "grupo placebo", eles saberão que a diferença é por causa do tratamento. Sem um "grupo placebo", os pesquisadores não podem saber se essas mudanças teriam acontecido de qualquer forma, não importando qual remédio as pessoas tivessem tomado.

Efeitos genuínos dos placebos

Os placebos podem ter efeitos reais nos pacientes: é isso que significa "efeito placebo". Desde um papel de referência em 1955, o efeito placebo tem sido reconhecido e aceito por alguns, e negado por outros. Entretanto, não há dúvida de que para certas condições, o efeito placebo existe. Exemplos disso são:

  • Alívio da dor. Os estudos de acupuntura têm sido positivos. O efeito placebo é mediado por processos "top-down" de áreas neocórtex que influenciam as expectativas. "Doenças que carecem de regulamentação "de cima para baixo" ou de base cortical podem ser menos propensas a melhorias relacionadas ao placebo".
  • Doença de Parkinson: O alívio de placebo está associado à liberação de dopamina no cérebro.
  • Depressão: Placebos que reduzem a depressão afetam muitas das mesmas áreas que são ativadas por antidepressivos com a adição do córtex pré-frontal
  • Cafeína: O café placebo-cafeinado causa um aumento na liberação bilateral de dopamina no tálamo.
  • Glicose: A expectativa de uma injeção intravenosa de glicose aumenta a liberação de dopamina nos gânglios basais dos homens (mas não das mulheres).
  • Metilfenidato: A expectativa de injeção intravenosa desta droga em usuários de drogas inexperientes aumentou a liberação de dopamina no giro cingulado ventral e nos acúmulos do núcleo, sendo este efeito maior naqueles sem experiência prévia com a droga.

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